tag:blogger.com,1999:blog-77711246390768321492024-03-08T00:17:11.572-08:00Coimbra, alguns camaradas e uma guitarra de ilusõesInês (?)http://www.blogger.com/profile/10528934010193981123noreply@blogger.comBlogger15125tag:blogger.com,1999:blog-7771124639076832149.post-71356452902548764622015-08-18T16:20:00.000-07:002015-08-18T16:20:29.191-07:00<div style="text-align: justify;">
Sou pequenina e às vezes dói-me o coração. Pior, tenho o coração partido há mais de um ano e não há maneira de passar. Mas a questão mais importante, aquilo que eu quero mesmo saber.... Será que ainda me vais conseguir magoar quando houver um mar entre nós? Quero muito acreditar que não, que vou deixar esta história pateta aqui quando partir. Estou cansada. Estou cansada de gostar de ti, e de corar, e de ficar a olhar para ti com ar de parva. De saber que os meus olhos brilham quando falas das coisas que gostas, de me arrepiar quando me tocas, de te querer mais perto. De ter saudades tuas, de sentir a tua falta, de achar que podia resultar. Sabes, ainda há uma parte de mim que acha que sou a pessoa perfeita para ti. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não digas a ninguém mas vou fugir.</div>
<div style="text-align: justify;">
De ti.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
(e que volte o meu lado racional que nem sequer acredita no amor, por favor)</div>
Inês (?)http://www.blogger.com/profile/10528934010193981123noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7771124639076832149.post-28110542111393001492014-09-30T14:49:00.001-07:002014-09-30T14:50:51.105-07:00<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Há muralhas e há muros e há torres</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E depois há eu</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Escondida</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Shiu... Não digas</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A ninguém</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Se ninguém me vir</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Se ninguém me tocar</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Ninguém me pode - nunca! -</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Magoar</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Há muralhas e há muros e há torres</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quando alguém vem eu</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Grito</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Ao ataque!</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E ninguém me vê</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E ninguém me toca</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E ninguém me magoa</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Nunca!</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Mas dou por mim tão escondida</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">escondida há tanto tempo</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">que já nem sei</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">se ainda há</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">eu</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Shiu... Não digas</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">A ninguém</span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">- Ao ataque!</span>Inês (?)http://www.blogger.com/profile/10528934010193981123noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7771124639076832149.post-59730920306742766962014-09-12T15:36:00.004-07:002014-09-12T15:37:02.227-07:00<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Foi a lua que me lembrou de ti<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Foi a lua que te lembrou<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">De mim<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E, no escuro, no silêncio<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">No nada<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Foi a lua</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">E tu lembraste-te</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">De mim.</span></div>
Inês (?)http://www.blogger.com/profile/10528934010193981123noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7771124639076832149.post-47666808735288514672014-02-17T17:33:00.001-08:002014-02-17T17:33:35.342-08:00<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O quanto mudou em pouco mais de um mês. Quão rápido desapareceram os últimos dois anos. Sinto a tua falta sobretudo na cozinha, quando não consigo abrir um frasco ou tenho de lavar a louça. Muitas vezes nem faço as refeições, pura e simplesmente porque não me lembro que era suposto comer. Tive de reformular completamente as minhas rotinas e isso custou muito. Pensei que estava a lidar bem com isto. Pensei mesmo. Só na semana passada quando dei por mim com tanto tempo livre que nem sabia o que fazer comigo, ou quando me encontrei com um cigarro na mão é que percebi que não, se calhar não estou a lidar assim tão bem quanto pensava. Não choro desde o dia em que acabou, disso ainda me posso orgulhar. Mas porquê? Estava tudo bem até àquele abraço que me deste... Apertaste-me com tanta força contra o teu peito que por momentos julguei ser novamente tua. E a lucidez que me tinha vindo a acompanhar desde o dia do fim desapareceu, dando lugar a uma esperança estúpida de uma reviravolta digna de um filme. Por muito ilógica que fosse, por muito que eu saiba que não vai acontecer. Hoje deitei-me e, por uns breves instantes, sonhei. Dantes sonhava todos os dias, mas desde aquele dia nunca mais tive qualquer espécie de devaneio enquanto dormia. Mas hoje sonhei, sonhei que me querias de volta, que me beijavas e abraçavas como dantes, como se nada fosse. Acordei com um sorriso. Mas era só um sonho, nunca será mais que um sonho.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Às vezes gostava de poder hibernar como um urso. De me esconder, de me fazer pequenina, de desaparecer até a dor ir embora. Já não sei até que ponto estou bem. Já não sei que partes de mim estão bem, que partes de mim ainda são minhas. Quero conseguir controlar-me e sorrir e seguir em frente e dizer que está tudo bem, que vai ficar tudo bem, que eu tenho isto sobre controlo. Mas todos os dias, quando chega o fim da noite e tenho de ir para casa - sozinha - sinto-me assim mesmo. Sozinha. Sozinha sem ti, sozinha sem nós. E hoje, pela primeira vez desde o fim, voltei a chorar. Nobody said it was easy. No one ever said it would be so hard.<br /><br />Oh, take me back to the start.</span></div>
Inês (?)http://www.blogger.com/profile/10528934010193981123noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7771124639076832149.post-79446325436450148912014-01-19T17:22:00.001-08:002014-01-19T17:22:30.739-08:00fugiu,<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Estou preocupada comigo. Sei que não é algo muito bonito, sei que é até um pouco egoísta, mas agora, só por um momento, vou-mo permitir. Estou preocupada comigo. E estou preocupada porque está a falhar qualquer coisa. Decidi que não me ia deixar ir abaixo, que não ia voltar a passar pelo que já passei. Decidi que não ia ter período de negação, que ia aceitar e fazer os possíveis para seguir em frente o quanto antes. Quase nem me dei tempo de luto, por não o achar necessário. E estou bem, estou feliz, estou bem disposta. Claro que há coisas que doem um pouco, claro que me sinto um bocadinho mais sozinha, claro que há um vazio. Mas quase nem o sinto, quase nem custa. Quase. Mas lá está, onde estão as lágrimas, a dor, o medo? Onde estão os sinais de que acabou, de que não vai voltar? Pergunto-me se o amor seria mais pequeno do que me parecia. Mas não, era um grande amor, tão grande como eu alguma vez me permiti sentir. E era um amor bom. Era o tipo de amor certo para mim. E por isso não percebo, por isso estou preocupada. Porque é que estou tão bem? Às vezes sou mesmo ridícula, preocupada por estar bem. Mas tenho medo que esta sensação se vá de repente, sem avisar, e que dê por mim a chorar só porque sim. Não quero. Mas esta apatia nem sempre me sabe bem. E gostava de a perceber. Só por um bocadinho, só para ficar mais descansada. Alguém que me explique, por favor, para onde foi o amor?</span></div>
Inês (?)http://www.blogger.com/profile/10528934010193981123noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7771124639076832149.post-4146907071035482112014-01-10T18:14:00.001-08:002014-01-11T09:49:24.728-08:00<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><span style="background-color: white; color: #333333; font-size: 14px; line-height: 20.296875px;">How long will I want you?</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-size: 18px; line-height: 20.296875px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-size: 14px; line-height: 20.296875px;">As long as you want me too</span></i></span><br />
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><i><span style="background-color: white; color: #333333; font-size: 14px; line-height: 20.296875px;"><br /></span></i></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Descobri em mim uma força que não sabia que tinha, uma força que não me conhecia. E com essa força fui enfrentar outros medos. O escuro, a solidão, o silêncio. E já está, já passou, parece que nem foi nada. Descobri-me maior e mais forte do que me conhecia. No peito um orgulho, um quentinho, apesar do frio que faz lá fora. Afinal, algures pelo caminho cresci mais do que pensava, algures pelo caminho aprendi a lidar comigo. Afinal de contas, no final do dia, só sobro eu. E como dizia a publicidade, se eu não gostar de mim, quem gostará? Os fins podem ser complicados, mas não deixam de ser começos, descobertas, surpresas. Eu descobri-me a mim, descobri que vinte e um anos depois existe uma Inês que consegue aguentar um percalço sem ir ao chão, sem lágrimas, sem grandes hesitações em levantar-se de novo. Fechei a sete chaves aquilo que devia doer. Às vezes os problemas não têm mesmo solução, às vezes não podemos traçar um plano para depois gritar "ao ataque!", às vezes há guerras completamente perdidas. Mas isso não tem de ser mau. Na verdade, não estou a ver nada que tenha de ser mau. Sou eu que estou a conduzir este carro - esta vida -, sou eu que decido por onde vou, como vou, porque vou. E porque sim parece-me sempre a melhor resposta. Lembro-me de um eu mais pequeno, agarrado a cartas, canções de amor e conversas intermináveis para conseguir ultrapassar mais um dia do fim. E agora nem o escuro, nem a solidão, nem o silêncio me assustam. É certo que as saudades aí vêm e vão demorar algum tempo a desaparecer. Mas fiz tudo o que podia e nunca me hei-de arrepender de um segundo que seja. Afinal de contas, fui sempre eu, fui sempre tua. E agora vou ser minha outra vez.</div>
Inês (?)http://www.blogger.com/profile/10528934010193981123noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7771124639076832149.post-44568823703112086852013-11-28T17:22:00.001-08:002013-11-28T17:26:07.482-08:00second star to the right,<div style="text-align: left;">
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif; text-align: justify;">Crescer é difícil. E quando damos por nós estamos sozinhos a enfrentar todo um futuro que nunca planeámos. As pessoas foram-se sem um único adeus e é tarde demais para correr atrás do barco que partiu. De repente dei por mim sozinha num futuro que não me lembro de escolher. E não posso fazer nada senão respirar fundo e viver mais um dia. É difícil quando dou por mim a depender de um único alguém. Principalmente quando tinha prometido a mim mesma nunca mais depender de ninguém. Já não sei para onde fugir, onde me esconder. Aliás, já não tenho idade para estas coisas. Não me resta senão enfrentar os amanhãs e os dias que aí virão. Por muito que me assustem. Por muito medo que me metam. Por muito que me lembrem os monstros que se escondiam debaixo da minha cama. Foram-se tantos anos e eu não soube guardar nada. Foram-se vinte e um anos e eu não guardei nada. Acabo por me sentir mais sozinha, cada vez mais menina perdida, cada vez mais peter pan. E a terra do nunca nunca chega. E o difícil e o complicado nunca páram. Voltas e voltas e tudo continua o mesmo. Porque mude o que mudar nunca deixarei de ser a rapariga que não se encaixa, a rapariga que não se adequa, a rapariga que ninguém vê. No fundo sou e sempre serei apenas mais uma. A mais comum das comuns. Mais um nada no vazio. Uma e outra vez. Para sempre.</span></div>
</div>
Inês (?)http://www.blogger.com/profile/10528934010193981123noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7771124639076832149.post-75174548701711149312013-11-04T16:56:00.002-08:002013-11-04T16:56:54.098-08:00mac, cinema e pooh<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Deixei-me algures numa qualquer caixa e empurrei-a sem querer saber para debaixo da cama, do armário, do coração. É tão mais fácil ser feliz sem mim. Culpo os filmes pela visão bonita da realidade que não conseguimos nunca encontrar nesse tal mundo real. É por isso que gosto de ti. Não és uma personagem de ficção, nem eu queria que fosses. Não há flores, músicas românticas ou grandes gestos, não há corridas de braços abertos na praia em câmara lenta ou longas esperas no aeroporto. Não há nada disso. E ainda bem. Gosto da minha realidade com a dose certa de real, de verdadeiro, de 'isto aconteceu'. Sou uma pessoa de coisas simples. Não gosto de grandes embrulhos nem de laços espalhafatosos em volta do meu dia a dia. Gosto sim de saberes que a porta da frente do lado direito do meu carro nem sempre fecha. Gosto que saibas o meu pedido do mac de cor. E que saibas exatamente como me adormecer. Gosto que te aninhes comigo a ver séries de que eu não gostava e de que tu não gostavas. Gosto de cozinhar contigo e do facto dos hamburguers serem simplesmente 'bugas'. E das pipocas serem uma refeição a sério para ti. Gosto que todas as semanas sejam boas para um cinema. Gosto de fazer de conta que somos gente grande e andar por aí de avião contigo. E do Pooh que me deste e dorme sempre comigo. Gosto que nunca estejas a mais de uma mensagem de distância. Gosto do beijinho na testa que vem sempre que é preciso. E gosto de andar contigo pela mão. Para todo o lado. Sempre.</span></div>
Inês (?)http://www.blogger.com/profile/10528934010193981123noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7771124639076832149.post-64863947075620253412012-05-28T17:55:00.001-07:002012-05-28T17:55:33.478-07:00<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Há muito, muito tempo havia um
pinguim. E depois deixou de haver.</span></div>Inês (?)http://www.blogger.com/profile/10528934010193981123noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7771124639076832149.post-90938601486611727982011-10-22T08:37:00.000-07:002011-10-22T08:40:16.545-07:00<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Depois de inúmeras parvoíces num momento que era suposto ser sério, saímos sorrateiramente para a rua juntas, a rirmo-nos do que doía por dentro. A nós nunca mais nos fariam esperar. E então um 'iga iga iga', seguido de um abraço que selou a nossa amizade - uma ponte entre duas margens outrora distantes - na tão nossa Coimbra.</span></div>Inês (?)http://www.blogger.com/profile/10528934010193981123noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7771124639076832149.post-54779972475505600792011-07-27T15:07:00.001-07:002011-07-27T15:09:27.822-07:00shut up I'm dreaming,<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Para que servem os corações? E para onde voam os dias? Um e um é um ou dois ou mesmo três. Mas um nunca serão dois. Ainda que dois possam ser dois ou um ou três. Porque é que as estrelas caem? Quando acordamos, para onde vão os sonhos? Os pesadelos? Uma verdade, ainda que verdade não seja, parece sempre irrefutável, se a dissermos com o ar de sabedoria tão típico do velho <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">Miyagi. Porque é que o medo é amigo do escuro? Ou é o escuro que é amigo do medo? Os carrosséis, os carrosséis só têm bilhetes de ida </span><span style="font-size: 8pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="font-size: xx-small;">(e se eu quiser voltar?)</span> . </span>A crise também afeta o preço dos sorrisos? E de onde é que vêm os amendoins? Em pequenos, envergávamos os joelhos esfolados como medalhas. De onde é que vem a música? Quem é que inventou os amanhãs? O sol brilha e a relva é verde. A relva brilha e o sol é verde. Porque é que um piquenique não é piquenique se não houver uma toalha aos quadrados? E porque é que as formigas não sabem ser sozinhas? Estranho é bom, já dizia o meu professor de filosofia. Um e um é um ou dois ou mesmo três.</span></div>Inês (?)http://www.blogger.com/profile/10528934010193981123noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7771124639076832149.post-38971512385034768392011-06-03T14:53:00.000-07:002011-06-03T15:01:56.349-07:00um-e-um-deviam-ser-sempre-um<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Medo. Tenho saudades das coisas simples que fazia com o coração. Saudades de mim. Um calor no peito e um sorriso silencioso que não voltam, que não encontram forma de voltar. Sei que amo quando sou eu, quando não sou senão eu, quando nada guardo e tudo dou. Sabes, vais ficar espalhado pelas ruas, entre as capas negras, pela noite dentro. E eu vou-me encontrar contigo em todos os cantos, nas nossas recordações. Em Coimbra choverá de vez em quando, eu chorarei também a saudade. E de hoje a cinco meses eu pelas ruas, eu no escuro, eu de mão dada comigo, as doze badaladas e eu a fitar uma porta e uma história só nossa, segredando 'sinto falta de nós'. Porque nós sempre. E eu aqui.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: Trebuchet MS; font-size: x-small;">(quase parece que te foste, quando no fundo estás tão longe como dantes)</span></div>Inês (?)http://www.blogger.com/profile/10528934010193981123noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7771124639076832149.post-76210271271603280172011-05-19T14:10:00.000-07:002011-05-19T14:10:09.622-07:00foge foge,<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Sou pequenina e gosto de Coimbra. Nove mil é o número que se foi acumulando e eu tenho um pai que paga para poder trabalhar. A mãe anda a deixar de fumar, é complicado. As mentiras entram todos os dias, como se quisesse desculpar-se por algo que não é desculpável. Uma pessoa só não é boa se não quiser. Ele não quer. Há toda uma casa sem telhado ou que só tem telhado porque alguém sua todos os dias para o segurar. E o outro passeia e vem com argumentos todos filosóficos. Não servem de nada, as conversas nunca serviram de nada. Exigia-se uma presença e a verdade é que já terias chumbado por faltas. Para mim chumbaste. Desculpa, mas já nem sei chamar-te pai.</span></div>Inês (?)http://www.blogger.com/profile/10528934010193981123noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7771124639076832149.post-73883368952528689162011-03-14T09:08:00.000-07:002011-03-14T09:09:48.006-07:00the dog days are over,<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Digam boa noite aos lírios e aos tigres. Não gosto do escuro, nem do silêncio. Há coisas tão sem sentido. Dia vinte, saltei sem pára-quedas e dei por mim em Coimbra. O coração é um lugar estranho. Não sei se me agrada. Lembra-te de quem és. É feio apontar. Tempo, vai sempre dar tudo ao tempo. Tic tac, os ponteiros do relógio. As perguntas retóricas dão-me dores de cabeça. Às vezes o melhor é não pensar. Não me apetece estar sozinha. Hoje, agora. Posso apanhar o próximo comboio para nenhures? Não podes ficar acordada para sempre, Inês. Tenho os pés frios, nunca consegui adormecer com os pés frios, pergunto-me porque será. Já ia um abraço de urso. E um piano a puxar para o mudo. No escuro. Adeus medos. Farta deste labirinto. E ainda não descobrimos a solução daquela equação. Se acabou, acabou. Não gosto de números se não estiverem por extenso. E não gosto de alguma letras quando maiúsculas. Já te disse que sou forte? Não? Mas sou. Déjà vu. Muita coisa muda e irá mudar. Não me perguntes amanhãs, não os conheço. Boa noite.</span></div>Inês (?)http://www.blogger.com/profile/10528934010193981123noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7771124639076832149.post-62445438111297987012011-03-10T16:19:00.000-08:002011-03-10T16:24:03.969-08:00o porquê,<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Há já algum tempo que não faço sentido, que não sei muito bem o que ando pr'aqui a fazer. O amor é uma coisinha estranha que toda a gente procura mas ninguém sabe bem o que é. A meu ver, assemelha-se um pouco com andar à caça de gambuzinos. E isto fruto de umas convenções quaisquer, criadas por sabe-se lá quem que achou que precisávamos de um propósito maior. Amar? Amem os tolos <span style="font-size: xx-small;">(e que tola sou eu)</span>. </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">E tudo isto passa para segundo plano quando, à noitinha, temos dois ou três camaradas e uma guitarra de ilusões, num chão de pedra fria.</span></div>Inês (?)http://www.blogger.com/profile/10528934010193981123noreply@blogger.com2